Blog do Prof.Ivandro Coimbra da Silva referente a atualidades da conjuntura econômico-financeira através de diálogos com o empresariado, profissionais da área, professores, alunos e internautas.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Uau!!! Bolsa de valores...mas há riscos!
Uau!!! Bolsa de valores...mas há riscos! Com a drástica redução dos ganhos inflacionários, após a implementação do Plano Real, em julho de 1994, pode-se imaginar o impacto na receita financeira das empresas, e na rentabilidade das poupanças das famílias. Passada a fase do imposto inflacionário, anterior a estabilização da economia, passamos a aprender a conviver com preços mais estáveis e com a importância de possuirmos uma economia sem a remarcação indiscriminada dos preços, sem a cultura inflacionária. Por outro lado, quando os rendimentos financeiros passam para próximo de zero, torna-se muito difícil manter o incentivo a poupar. “Ofertas arrasadoras” e parcelamentos tentadores, quase sempre, vencem a possibilidade de se pensar, em primeiro poupar; para depois comprar a vista, com a possibilidade de desconto. A alta taxa de juros para o crédito, é o instrumento utilizado para conter a demanda, e manter sob controle a inflação, mas infelizmente, na maioria das vezes, pensamos na parcela que podemos pagar, e não no custo total do financiamento. Exemplos do tipo R$ 1,00 de entrada, e o saldo em 48 vezes, leva-nos, com raríssimas exceções, a pagar duas vezes ou mais, pelo valor do bem, sem necessidade de recorrermos a cálculos financeiros elaborados para chegar a esta conclusão. Neste contexto de rendimentos escassos, surge o milagre dos rendimentos em Bolsa de Valores. Uma febre que contagiou o mundo na última década, com rendimentos muitas vezes superiores a renda fixa. Se bem administrada pode realmente proporcionar ganhos diferenciados; mas também, proporcionar perdas irreparáveis, a exemplo do caos financeiro gerado no centro do mundo econômico-financeiro no ano passado, mais precisamente wall street, que contaminou o mundo todo. Fraudes gigantescas em pirâmides financeiras sem lastro real, desconhecimento do mercado, e supervalorização de ativos financeiros provocaram a derrocada das economias de muitas empresas e famílias em todo o mundo. Isto porque a busca por rendimentos financeiros extraordinários, nos expõe ao risco demasiado, e uma das regras básicas da economia, já evidencia que, quanto maior o rendimento; maior o risco envolvido. Para este tipo de aplicação em bolsa de valores, ou em FIF- Fundos de Investimentos Financeiros, lastreados em papeis listados na bolsa, que podem ser adquiridos em qualquer banco, não necessariamente corretoras de valores, a regra, é não colocar todo o dinheiro que se dispuser, neste tipo de aplicação. Parte da economia das famílias deve estar aplicada, investida em ativos reais, tais como imóveis, terrenos, ou até mesmo em empresas, que possam gerar valor através da renda e/do trabalho. Havendo disponibilidade financeira, uma parte pode estar aplicada no que chamamos renda fixa. Aplicações em Poupança, CDB, RDB ou FIF’s - com rendimentos pré-fixados. Aplicações em renda variável, como o próprio nome já diz, em que e o rendimento poderá variar, para mais, ou para menos, pós-fixado, portanto, lastreado em ações da bolsa de valores, ou diretamente em bolsa, poderão ser feitas, mas apenas com recursos, absolutamente disponíveis. São aplicações que poderão dar um retorno interessante a longo prazo, mas também poderão ter problemas com relação a rentabilidade, ou até mesmo na garantia do capital investido. Trata-se de um acompanhamento mais detalhado, que deve receber atenção mais cuidadosa, mas que é possível transitar com valores mais modestos em fundos mantidos pelos bancos, onde eles sãos os responsáveis pela gestão, cobram taxas de administração e oferecem rentabilidades diferenciadas, em relação a renda fixa, mas sempre com exposição ao risco. Tomar recursos de terceiros, pedir empréstimos, vender ativos reais, para aplicação em renda variável, nunca deverá ser feito, pois em caso de problemas, as economias desaparecem e ficam somente as dívidas. Não esqueça: Os bancos fornecem guarda chuva quando tem sol, e retiram quando começa a chover! Sugiro para quem desejar mais informações sobre bolsa de valores o site www.infomoney.com.br. Trata-se de um site especializado, com dicas, análises e oportunidades sobre tudo que acontece no mercado financeiro.
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