sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Investir em Ações: o atrativo mercado de renda variável.

A ação de uma empresa representa a menor fração de seu capital, ou seja, quando a empresa realiza o lançamento de suas ações no chamado Mercado Primário em busca de novos recursos, abre seu capital para a captação de novos sócios, visando atrair novos recursos. Os volumes obtidos nesta etapa, resultante da venda de papeis pelas corretoras são repassados diretamente às empresas. O capital obtido pode então ser investido na ampliação da empresa, o que por sua vez pode proporcionar a abertura de novas vagas no mercado de trabalho, o aumento da renda dos trabalhadores, o aumento do consumo, movimentando, no agregado, toda a economia. Isto estimula novos negócios, e faz com que a lucratividade das companhias cresça, bem com a sua valorização nas bolsas. Isto gera um ciclo virtuoso da economia. Com os papeis em alta, novos investidores são atraídos, o que proporciona liquidez, e mantém a valorização das ações. Nesta etapa da compra e venda de ações com a abertura de capital das empresas ao adquirir papeis, diretamente no chamado mercado primário, o investidor estará se tornando um sócio minoritário da empresa, a depender do valor e do tipo de ação adquirida, mas que pode garantir rendimento ao investidor de duas formas: através da valorização da empresa, e como conseqüência, das ações que foram adquiridas; e, por meio da distribuição de dividendos, que nada mais é que a distribuição de uma parcela do lucro líquido da companhia aos seus acionistas, sendo maior ou menor, o valor recebido a titulo de dividendos, a depender da quantidade de ações que possuímos, e, obviamente do lucro realizado pela empresa. Além disso, para quem possui ações no mercado primário alguns benefícios são previstos, entre eles, o chamado direito a subscrição para garantir a possibilidade de novas aquisições, antes da oferta ao mercado em geral. Mas é no chamado Mercado Secundário que a maioria dos investidores atua, e a BOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo passa ter um papel ainda mais importante, através da administração e do gerenciamento do mercado, pois é ela que garante as negociações, a liquidez e a transparência das transações. É nesse mercado que os papeis são comprados e vendidos, trocam de mãos entre vendedores e compradores como um grande leilão, cujos recursos não vão para as empresas, e sim transitam no mercado financeiro pelos interessados em comprar e vender estes papéis. Um investidor resolve comprar ações, e para isso, envia uma ordem de compra a corretora de sua preferência, para comprar papeis que estejam com previsão de valorização e boa liquidez. Quando o operador da corretora realiza o negócio, após a liquidação financeira, isto é, após o pagamento da operação, este investimento no mercado secundário consiste na transferência da propriedade virtual das ações, sem que estejamos comprando efetivamente uma parte da empresa representada na aplicação que fizemos. Vale salientar que tanto a aplicação em ações, no mercado primário, adquirindo uma cota parte da empresa, com direito a dividendos; quanto as aplicações no mercado secundário, com a simples compra e venda dos papeis com rentabilidade lastreada em ações, ou mesmo aplicações em Fundos de Investimento Financeiro, lastreados em ações, são aplicações em renda variável, isto é, não existe como garantir a rentabilidade do aplicador, já que o valor das ações pode ser ajustado para cima, ou para baixo a depender de uma série de fatores macroeconômicos nacionais e internacionais, vide crise de 2008; de fatores setoriais; e do próprio desempenho da empresa. A taxa de crescimento da economia é um dos itens que interferem no comportamento das ações, por exemplo, quando a expectativa dos agentes é de crescimento sustentado, espera-se uma maior lucratividade por parte das companhias e o preço das ações tende a subir. Como exemplo, pode-se citar as empresas de construção civil e do setor aéreo, entre outros setores, propensas a ganhos diferenciados em virtude dos investimentos futuros na área de habitação e de infra-estrutura, até mesmo pela Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. Vale salientar que a perspectiva futura do mercado de ações pode ser avaliada através da chamada Análise Técnica e da Análise Fundamentalista, cujas análises serão objeto de nossa coluna da semana que vem. De qualquer forma, antes de decidir aplicar em renda variável, que são investimentos lastreados em ações, procure seu gerente de confiança, mas lembre-se: só aplique em renda variável os valores que estejam disponíveis a longo prazo. Para quem desejar maiores informações, criticas e/ou sugestões, pode entrar em contato com este colunista: profivandro@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário